
Palita bem maga, loira de cor morena brune bem bronzée; ela sabe assobiar após fumar maconha e sabe como ninguém fazer uma malaquia dengosa piada para rir e vir. Ela me faz um bem que nem sabe, ejaculando aurea e chuviscando pelo seu rumor bucolico, a praia é o destrair; por vezes a maresia vem com poesia, e ela soletra bob ao meu ouvido.
- Sabe o que mais quero?
- Largar tudo e viajar?
- Sim !!!
- Eu não, quero é ir embora, desejo deixar de ser estrangeiro em minha cidade para ser o anonimato e o zero, numa meta-metropole.
- Você gosta de complicar as coisass! Porque não só viajar?
- Palita quando digo zero é para começar do zero, sinto-me ilhado devasso porco desalmado; preciso urgentemente me enamorar pelo mundo; e quando falo anonimato é para não achar que ficarei estático em minha identidade, e sim em movimento, observando o não-ser pré-estabelecido que categoriza o que sou ou devo ser.
- Puta merda, você é complicado mesmo.
Normalmente sempre esperamos o sol se pôr lá no Nova Opção, e fumamos o bequi de pontas, quase sempre belo e nostalgico é o final de uma baga de um dia. Inteligência misericordiosa em suspensão, caprichoso cafuné das estrelas entre a lua e um torrido amor entre os carros e os motoristas. O Circular Shopping 2 é uma aventura percorrendo a Coroa do Meio e o seus becos e buracos, mas quado chega na divisa pela ponte Rio-mar absorve em mim uma benção por estar em movimento na travessia pela ponte.
A urbanização adora pontes de arquitetura expansiva e fluente, para que as coisas circulem ao instantâneo, sendo que assim a inter-relação entre espaço e tempo se bifurquem consolidando o engendrar do multiplo e sua fluidez. A velocidade do mundo se jorra entre espirros de caminhão ao freiar-se, ou o peidar do fusca engatando a terceira ao acelerar. Daria um conto eu pensar que a urbanização da Grand Ajucity se aplicaria mais numa questão de liberalismo mundial do que uma análise critica de um local pós-colonial?
A Palita costumava tomar banho de jasmin, pegava os jasmins defronte a sua casa, tirava quase um cesto amarelo de feira todo dia, e o derramava no tanque de lavar roupa com água morna. Palita tomava banho de tardezinha no quintal, recheada de jasmin. Eu subia no pé da mangueira e ficava escondido reparando pelo alto o corpo de Palita. Menina maga demais sempre foi, com os peitinhos de pitomba em amurecimento, e de estatura pequena que cabia no tanque direitinho. Quando Palita acabava de tomar banho, eu já corria para frente de sua casa, e esperava os dez minutos suficientes para que se arrumasse, e depois me recolhesse em um qualquer abraço embalsamado de jasmin, por um milhão de segundos em cor e cheiros.
- Porque você gosta de me abraçar tanto?
- Pois... porque tú é minha querida malaka.
- Que nada tú tá viciado no jasmin, num é?
- Também.
- também? então você bate punheta pensando em mim?
- já bati chupando manga.
- Eu vi.
- Como assim, você sabia que eu ficava de voyuer?
- Apenas não só sabia, como tambem consentia.
- Humm.... você gosta de ser observada?
- Não, eu gosto que você me observe. Não confunda com fotolog, isto é um blog.
Entender como diário então estas palavras, neste espaço e mais nada? O que garante o narrador como centro de verdade, e se até mesmo o narrador seja o protagonista ou um discurso indireto livre.
Associação de livre pensamento na escrita sempre me fascinou, a Palita é esperta e ouriçada por seus anseios de vida, de estar em gozo, em curiosidade, em busca de sofia. E vômito, escárnio e engodo, objeto no qual às vezes o nilismo se suporta ou até mesmo uma inflexão do próprio corpo ao externo se observa, ainda assim do que valeria o valorar? Subterfúgio seria um ressonar pelas causas ou pelos fins? Duas perguntas em uma resposta.
- Palita, você já experimentou sexo a-casual ?
- Não, ontem meu pai me deu 50 reais para eu dizer "te amo" a ele.
- Porra vai falando 5 vezes por dia que tú viaja pra amsterdã, final do ano, ei e o a-casual?
- Num sei, você quer experimentar?
- Um blow job em 69?
- Meu pai disse que eu adoro ter subterfúgios.