Tuesday, August 02, 2005

11 andar


11 andar




Um silencio. Morto, esquálido e retilíneo a mosca pousou no nariz. Dois silêncios. Quase que sugerindo o respirar, o espirrar, e toda uma seqüência de desaforos e mal estar de bem estar... mal-me-quer de bem-me-quer, Ela surgiu.
Sentou-se na sua frente... e falou o silencio.
Com calma pegou o cigarro e ascendeu, mostrara pra si mesmo que acreditava na eutanásia, e que saberia a hora de partir.
Perguntou seu nome.
Pessoas correm incessantemente em volta da mesa. Dava para perceber uma alegria solta no ar, o verbo escapava pueril... e o seu sintoma era pasmo, correto, sutil, ainda saberia dali fugir sem ser pressionado.
Perguntou qual era a temperatura da sua língua.
Três silêncios, e o aborto.
Era de juízo que necessitava, não conseguindo gritou: - Caralho.

Caralho mais uma vez, e outro caralho.
Onde estou?
E começou : Porra, porra.
E nao parou: Buceta, buceta.
E parou.

Ela ria, tranqüila e bêbada... provocando o surto como resultado,
falou o silencio, de novo:

- Quer saber a temperatura da minha xota?

1 comment:

Anonymous said...

meu tosquinho predileto como sempre fazendo jus ao nome de chukrinho... se vc tivesse xota até poderia pensar em talvez saber a temperatura dela... sabendo q esse é um desjo seu...
aff comentário paia... só tô comentando pq vc pediu, pq na maioria das vezes, senão todas, é sempre melhor eu ficar calada... ui.. =)
te amo