Wednesday, December 27, 2006

dia 27 inté 2007

"pois o amor é a coisa mais linda quando o vento trás", estudando o pagode ou o dia 27, em por sugestionar de casos, e dilacerar de eventos tal qual o tabaco em toda sua nicotina se desenha em fios de fumaça. acordo em agonia como habitual, fecho-um, e observo o sol das 5 horas, que no verão resplandece forte, sim ensolé, fotografado aposteriori, em dia 27 de viagem, de rota de refúgio, de birthday, de distância, de amizade, de final de ano, de fogos e doces.
ando tentando diminuir a rotina dos cigarros, até mesmo porque o trampo não liberou ainda a merreca, e realmente as situações não andam bacanas afroxés, e sim de espeto de gato com coração de galinha valendo como figado. angustia é exata, que existe dentro incutida na somatória, na mimese das palavras que vão me retribuindo um certo amor-ódio. o computador é uma chatice, se não fosse pela putaria na webcam, e um constante "be midia" do orvalho, onde a sociedade do espetaculo vira livro de pauta, e discussão. não compreenderia que o texto é uma extensão do meu corpo, sendo que a reflexão teria o almejo tal qual o gozo teria a morte.
okay a escrita se cansa. dia 27 sambe no devir.

Friday, December 22, 2006

palita



Palita bem maga, loira de cor morena brune bem bronzée; ela sabe assobiar após fumar maconha e sabe como ninguém fazer uma malaquia dengosa piada para rir e vir. Ela me faz um bem que nem sabe, ejaculando aurea e chuviscando pelo seu rumor bucolico, a praia é o destrair; por vezes a maresia vem com poesia, e ela soletra bob ao meu ouvido.

- Sabe o que mais quero?
- Largar tudo e viajar?
- Sim !!!
- Eu não, quero é ir embora, desejo deixar de ser estrangeiro em minha cidade para ser o anonimato e o zero, numa meta-metropole.
- Você gosta de complicar as coisass! Porque não só viajar?
- Palita quando digo zero é para começar do zero, sinto-me ilhado devasso porco desalmado; preciso urgentemente me enamorar pelo mundo; e quando falo anonimato é para não achar que ficarei estático em minha identidade, e sim em movimento, observando o não-ser pré-estabelecido que categoriza o que sou ou devo ser.
- Puta merda, você é complicado mesmo.

Normalmente sempre esperamos o sol se pôr lá no Nova Opção, e fumamos o bequi de pontas, quase sempre belo e nostalgico é o final de uma baga de um dia. Inteligência misericordiosa em suspensão, caprichoso cafuné das estrelas entre a lua e um torrido amor entre os carros e os motoristas. O Circular Shopping 2 é uma aventura percorrendo a Coroa do Meio e o seus becos e buracos, mas quado chega na divisa pela ponte Rio-mar absorve em mim uma benção por estar em movimento na travessia pela ponte.

A urbanização adora pontes de arquitetura expansiva e fluente, para que as coisas circulem ao instantâneo, sendo que assim a inter-relação entre espaço e tempo se bifurquem consolidando o engendrar do multiplo e sua fluidez. A velocidade do mundo se jorra entre espirros de caminhão ao freiar-se, ou o peidar do fusca engatando a terceira ao acelerar. Daria um conto eu pensar que a urbanização da Grand Ajucity se aplicaria mais numa questão de liberalismo mundial do que uma análise critica de um local pós-colonial?

A Palita costumava tomar banho de jasmin, pegava os jasmins defronte a sua casa, tirava quase um cesto amarelo de feira todo dia, e o derramava no tanque de lavar roupa com água morna. Palita tomava banho de tardezinha no quintal, recheada de jasmin. Eu subia no pé da mangueira e ficava escondido reparando pelo alto o corpo de Palita. Menina maga demais sempre foi, com os peitinhos de pitomba em amurecimento, e de estatura pequena que cabia no tanque direitinho. Quando Palita acabava de tomar banho, eu já corria para frente de sua casa, e esperava os dez minutos suficientes para que se arrumasse, e depois me recolhesse em um qualquer abraço embalsamado de jasmin, por um milhão de segundos em cor e cheiros.

- Porque você gosta de me abraçar tanto?
- Pois... porque tú é minha querida malaka.
- Que nada tú tá viciado no jasmin, num é?
- Também.
- também? então você bate punheta pensando em mim?
- já bati chupando manga.
- Eu vi.
- Como assim, você sabia que eu ficava de voyuer?
- Apenas não só sabia, como tambem consentia.
- Humm.... você gosta de ser observada?
- Não, eu gosto que você me observe. Não confunda com fotolog, isto é um blog.

Entender como diário então estas palavras, neste espaço e mais nada? O que garante o narrador como centro de verdade, e se até mesmo o narrador seja o protagonista ou um discurso indireto livre.

Associação de livre pensamento na escrita sempre me fascinou, a Palita é esperta e ouriçada por seus anseios de vida, de estar em gozo, em curiosidade, em busca de sofia. E vômito, escárnio e engodo, objeto no qual às vezes o nilismo se suporta ou até mesmo uma inflexão do próprio corpo ao externo se observa, ainda assim do que valeria o valorar? Subterfúgio seria um ressonar pelas causas ou pelos fins? Duas perguntas em uma resposta.

- Palita, você já experimentou sexo a-casual ?
- Não, ontem meu pai me deu 50 reais para eu dizer "te amo" a ele.
- Porra vai falando 5 vezes por dia que tú viaja pra amsterdã, final do ano, ei e o a-casual?
- Num sei, você quer experimentar?
- Um blow job em 69?
- Meu pai disse que eu adoro ter subterfúgios.

Monday, December 18, 2006

jatobá

ter ensejo antes do para mingaugar
medir sem haver uma para-métrica
calar naquilo onde vaga-lume-iria uma mulher
salivar os olhos de um bem-me-quer
suingar na hora de paparicar
ensaiar devaneios para se indagar
cuspir o espirro de se aventurar
meu reveion, eu passo em jatobá
é lá , não se tem razão
é lá, não se mede as mãos
pra vê se dá pr'ouvir o mar
entre aurora que for bem cedo
pra ver pintar o céu de cinema
negoncear todas as pilhas para singelar
vomitar toda a repipoca da parafuzêta
menina nina noiseando um belo cantar
o violão joãogilberta um posteirizar
loira gelada, por favor
que esse samba tem calor
tem motivo pra abraçar
no remelexo da lombra
o malakias de serviço
não renega o seu compromisso
é unzinho pra jeovah
e um docinho pra yemanjá.

Friday, December 08, 2006

Texano


Saudoso ser que sente a necessidade de algo em falta, as pessoas passam, curto prazo para bom interlúdio entre olhares e perspicazes abraços. Por um momento perco toda essa necessidade de algo que falta. E fabrico então um subterfúgio equivalente a uma casca de tartaruga, resistente e um ótimo esconderijo. Eternizo em asas e cores roxas, e ótimas lembranças de rostos que nunca os tive. Dilacerando contrações sobre um futuro aproché, sacrifico o mau hábito de um borbulhar sentimentalismo e translação de sujeitos. Seria coerente então arriscar ao céu do texano, em seus quase 26 ou mais anos, fico anônimo e subtraio as coisas que são feitas para passar, como o rio, o barco, a vida e o estar.
creio no famigerado desbunde e na humildade cínica marginal do sensível, se nunca mais nos veremos, saudoso au revoir fica agradecido.
Cada uma na sua e no seu, a Internet é a parole de resistência aos percalços desenganos, quem acreditar morre, eis que o efêmero acontecimento se suscita, traga-me paixão, que devolverei vida. E nada mais consola ou dá prazer, é apenas isso.
Meu amor você ainda não existe, mas eu te imagino em mimese.

Wednesday, December 06, 2006

Junknet

Desdenhando a mão direita, fazia a coceira com a gauche ante o seu sexo. A mão direita na verdade possuía um valor de mouse, um dedo para hipertextos em fluxo. Olhou por onde sempre olhara, dentro recorrendo remoendo por dentro da fechadura a qual o olho se esbugalhava em texturas, em ventre, em sinapses em acordo de desordem, sentia o cheiro de sua carne de fantasma. Sem corpo, apenas em imaginação condensada em virtualidade; tudo se pode e deve-se, voyerismo e masturbação. Onde toda ingenuidade se perpetuava no nascer ou morrer do dia pela luz que se desfazia em graus, contrastes: um sol matutino ou uma lua cheia vespertina? Calado , sereno por um nouvelle romance que se surta num céu de serpentinas de papéis coloridos, um amontoado de gente parte pra defronte a catedral , e quanto mais mirava os olhos aguço pela pirotecnia do espaço, dava-se a entender que o nativo antropofagiou o estrangeiro, que não mais seria nativo , nem estrangeiro, e sim o processo que rumina ele como um dis-sonar de re-significâncias. E não se preocupou mais com os espelhos, quebrou todos que existiam dentro, abrigando um refletir entre os cacos de vidro entrelaçados, o eu em facelas, em espectro refutando o divã e o narciso. Sede e gozo.

Monday, November 20, 2006

garrrancho

desequilibrio do corpo ao espaço
se não fosse o finito gozo em suspensão
ou até mesmo o frever que morde
a falta de ar para morte
a morte que destrai o espirito
todo cheio de porra no corpo
- Ai , e grita:

Chupo tua carne cilindrica até o talo,
despois engulo as bolas
Seguras em minhas ancas
e de trivela me mate,
de rosca me acabe,
e perto de morrer também,
então lasciva sufoque até o misero abstrato,
morde meu grelo e bate em minha bunda.

por um final clichê: suor, cheiro de peixe e cigarro na boca.

Thursday, August 03, 2006

Voi lá 2 ( o cinismo)

Aracaju, araras e cajus.
Sentir-se no que fazer em pandêmonio, em abstrato fatiado. A sensação é que todo mundo fode com todo mundo. O foder é literal, não sei até que sentido podemos nos orgulhar em nos trepar demais, agora se encaixando no figurado. Não recrimino as rodas de boquete, muito menos tento dar um caráter radical conservador, pois acho o sexo uma grande revolução incutida. Mas, antes de tudo saliento a falta de opção existente; as pessoas interessantes são as mesmas, e vivemos assim um eterno rendevoux em um mal disposto dejá vu. Vamos então pensar com carinho nas experiências afetivas, lisergicas, sexuais e o fato das pessoas aqui em ajucity, fruto de um novo mercado moderno vindo da média burguesia, fazem desse contingente o produtor e o consumidor do seu próprio produto. O poder da autocritica se manifesta, aqui em ajucity as pessoas da média burguesia usualmente convergem para um mesmo local, um mesmo todo. O engraçado é ver que o arcaico que há em ser provinciano, e povoa o arquetipo do ser sergipano, hoje é posto lado a lado com a modernoíde e as novas relações humanas aderidas pela invenção da internet ao meio cotidiano. Os relacionamentos abertos crescem, por isso penso em ser pai solteiro. A verdade é que vivo a necessidade de aprender a conviver mesmo, pois se já comigo é difícil , imagino com os outros. Não para manter-me em bolha ou blog, mas sim para discursar sentimentos, vocabulários intrinsecos aos individuuos e a si mesmos. Eu canso do esperar, aguardar, se não tiver algum objetivo ou algo que traga âmago ou balsámo.
Hoje vou ao Big Brother, depois ao Nova Opção, depois quando amanhecer ao Moskeiro , fritado voltarei pra casa , e quem sabe não encontro meu grande amor na internet. :)

Sunday, May 14, 2006

CAPRICORNIANOS





O amor começou desse jeito. Um amor que nascera fora dos costumes de um amor. Aprimorado de etéreas sensações de códigos criados um ao outro; Ela nasceu com o sol, ele com a chuva. O problema não era o avesso, pois ambos gostavam tanto de sol quanto de chuva; o questionamento era o embate entorno do signo em comum. O beijo dentro da lacuna. Quem seria o primeiro para o olhar, do tato ao cheiro; do sossegar entre desejos escorridos, em pleno golpe de altura ao mergulhar do copo de volúpia? Lábios carnudos em seu encontro, a cada olhar fotográfico, retido no momento, perturbava assim a insensatez dele; na memória em que se encaminhava o pecar tão doce e singelo, do corpo dela: pequeno, compacto, leitoso e febril. Ela não costumava muito utilizar a palavra, e em muitas vezes questionava a existência desta; procurando o instinto, sua essência, o primitivo estado de se abstrair, de apenas sentir a verborragia que se exala em se observar às coisas em silêncio; e por um denso momento, a ação justificava o fato dentro dela, assim redundante, ela apenas vivia, deslumbrante seminua de quaisquer artifícios existenciais, numa metafísica astrológica de se embebedar do gozo do livre arbítrio. Esse era o seu veneno, sua pureza era sua luxuria. Ele caminha pelo branco, no dedo indicador que se dilata a sugestão: ou é ou não é. Quando a conheceu, se permitiu não a existir dentro dele; são poucas as tulipas vermelhas que surgem no meio do mar de concreto. Apenas reparou no seu queixo agudo; no seu olho de cor de esmeralda; no seu sorriso de pequena saliente; nos seios de pitomba que cabiam dentro da língua; de suas coxas meio tortas, porém sadias; de sua pele branca e reluzente de algumas alergias; de seus lábios, os quais lhe salpicavam a dor do desejo incubado². Ele negava tudo isso, sabia que ela vivia em um tempo muito avesso ao seu; e ainda havia o detalhe de nunca terem se falado, o ser platônico se conjugava com um ser cartesiano dentro dele, pululava as sensações, e a cada improviso em que o destino colocava os dois juntos, um de frente ao outro; ele virava tartaruga dentro do casco, e ela virava minhoca toda enrolada. Contudo, mesmo que ele a negasse ou que ela traduzisse ele como elipse; os dois não podiam omitir o laço que os uniam. Ele tinha, tem alguns casos; ela idem. A liberdade sempre fora o ideal destes dois; quando ficaram pela primeira vez, em uma suposta aula de estética, sentiram uma palavra, a qual não existia nome em palavra. Não adiantaria buscar no dicionário, numa tentativa de fuçar frustradamente um significado; de uma certa forma, eles dois, tanto ele quanto ela, sabiam disso, e preferiram guardar para consigo próprio, o significante de cada um para essa palavra inexistente. Na verdade nunca fizeram sexo; apenas existiu o ouriço deste, o brusco tocar de cheiros, gemidos, línguas e mordidas. Assim de um nada, os dois sumiam um da vida do outro; a intimidade de uma certa forma inconsciente levava a um podar do sujeito; ele não queria que ela se apaixonasse por ele, e muito menos ela; apesar de estarem apaixonados, um pelo outro. Às vezes me vêm perguntas à cabeça minhas: Porque ele não corre e vai ao encontro dela, e a seqüestra com um beijo de amor? ; Porque ela, às vezes some, fazendo com que ele se esqueça até do seu nome? São pratos vazios a que chego, nestes personagens casuais de vida interina cotidiana: Ela gosta de poesia, para ele, ela é a poesia; ele costuma fazer sambas, ela costuma gostar de sambar; ela já foi ao estrangeiro, ele rodou no máximo até o Rio de Janeiro; ele fala, ela muda, ou ela fala, ele mudo. A única coisa que eu sei deles, hoje em dia, é que tanto ele quanto ela, são do mesmo signo.

Wednesday, February 15, 2006

Babaca, sou.





Desde que me resumi a essa espécie padrão de costume, burocrático de média analise burguesa, trouxe um certo conceito e significado pra mim, talvez proveniente a minha timidez que acarreta doses de luxuria incubada: sou patético em meus erros, e costumo ter o vicio de voltar a errar. Parece que não aprendo, a vontade foi suprimida, e o mundo continua girando. O flagelo se tornou o ápice, quando em despedida nossos beijos adubavam um adeus, um ultimo suspiro, uma certa entrega propicia a morte, nunca mais iríamos nos ver, e a cada beijo, a cada língua encontrada, a cada pedaço de corpo que mutuamente nós nos tocávamos, virava memória... a cada segundo eu percebia o êxtase do desespero , do finito.
Poderia realmente acabar com minha “franguice”, e te mandar uma nova carta, um email, uma mensagem em um celular, todavia.... hoje, não quero. Quero a solidão, não posso me apaixonar, me desligo, e volto a minha bolha de stand by. O que eu quero, o que engrandece o meu querer, é a liberdade, latente, despojada, imersa em nossos olhos, sonhos, medos, e detritos de vida, sim, quero a, mais que tu, quero a pra mim e pra você, cada um com sua intensidade.
Nessa manhã, furiosamente sinto raiva de mim, lembro de você, sou um babaca, e pra melhorar o português, posso escrever bem destacado como num outdoor , SOU UM BABACA. Não me envergonho, apenas quero ter força de podar meus sentimentos, pois sinto que os meus podem incomodar os seus, sou louco, altista, esquizofrênico, debochado, estou a rir do ser idiota que me transformei, não sei se isso é bom ou ruim, mas é disso que sou feito, é disso que me alimento por enquanto, quero te ver feliz, pois é de tua felicidade que eu me encontro. As vezes me cai bem, esse papel de bom-samaritano, rs, o cinismo me protege, as lagrimas caem apenas para lubrificar o rosto seco e ereto, como se eu soubesse os caminhos corretos?!
Bobo, estúpido, me permito o azedo, o amargor de ter a fel em fotogramas registrados na mente o teu beijo doce de amor.


Inté, Chukro.