Sunday, July 31, 2005

LOSGIAO HERBANA


LOSGIAO HERBANA –
Hermania na praça, Legião Urbana do SÉC. XXI.


Surge agora o tão aguardado novo CD dos Los Hermanos. Sem perder certa estética que marcou os meninos barbudos, o quarteto traz com seu novo CD nomeado 4, uma nova releitura de timbres, melodias e composições, ainda mais crus. Temos poucos punch das guitarras, e poucos metais. Poderia dizer que este cd é o mais neo-mpbista deles.
O 4 tem que ser comido, ouvido ou consumido pelas beiradas. As musicas novas não tem o apelo como as musicas do ultimo cd ventura, as quais se digerem mais fácil e viram hits. Não temos Cara Estranho ou o Vencedor?

Camelo

O que temos eh um começo obscuro com os dois Barcos, musica de Camelo. Um mix de Ivan Lins e Belchior (alucinação). É a partir da primeira musica que observamos as composições de Camelo navegam por um norte diferenciado, e de difícil apelo popular. Contudo, ouvimos o controle fenomenal que esse artista possui hoje com suas composições, em que as frases melódicas criadas são realmente boas, e são carregadas de uma qualidade imagética junto com suas letras.
As outras musicas assinadas por Camelo: Fez-se mar, Morena, Horizonte Distante, Sapato Novo, Pois É e É de lagrima... precisam de um olhar cauteloso.

Fez-se Mar

A comprovação que o mergulho na mpb é intenso. Uma boa musica para sua amiga Maria Rita cantar, e perfeita para cantores de barzinho ganhar um trocado.
O destaque para essa song eh uma guitarra histriônica no final da musica, com uma timbragem que remete a “noises mutanticas” de Sergio Dias.

Horizonte Distante

A musica mais sem pé nem cabeça do Los Hermanos.
(What the hell is going on???)
- Camelo, por favor, pra onde vc vai com esse deus do tempo???
Da-me luz... ??? O amor é luz.... ???

“Sem comentários, essa musica é uma marcha para a seqüela... Muitas drogas”.

Morena

Tem um ritmo do jogo do Super Nintendo, Mario’s brother. Com um ritmo bacaninha... e com uma melodia grudenta, ela é um pop agradável.

Sapato Novo

Vem logo em seguida de Condicional, que “é a musica roquinha do cd”. Sapato Novo é extremamente climática, e delineia uma paz assustadora a qual vemos mais uma visita a MPB e a bossa nova. O vibrafone de Jota Moraes é o destaque que ambienta a musica.

Pois é, É de Lagrima

As ultimas musicas fecham como começou o Cd 4. As musicas de Camelo não são animadas, e elas ao contrario de ascenderem caem em depressão. Não vemos nunca o explodir, o silencio é a lacuna juntamente com o sussurro.
Pois é e é de lagrima são musicas que os fans vão sofrer para cantar... o estado de lisergia encontrou sua letargia... pois é, é de lagrima.

Amarante

O barbudo ruivo piadeiro, falador, e presunçoso do quarteto tem 5 musicas no novo CD, e uma delas abre como carro chefe do disco, O vento. As outras são: Primeiro Andar, Paquetá, Os Pássaros e Condicional.

Primeiro Andar

Bem, no disco Ventura existe a musica “Do Sétimo Andar”, assinada pelo próprio Amarante. E agora ele vem com o “Primeiro Andar”. Coloco exposto aqui uma sugestão: Fazer um CD chamado Apartamento. Já tem dois andares: o primeiro e o sétimo, não vai ser difícil construir mais 5 andares.
Primeiro Andar tem a melodia cíclica e repetida, que por horas enche o saco. E tem uma timbragem retro, um pouco de Strokes nas guitarrinhas delicadas. O teclado de Medina traz uma camada brega a musica, e a bateria de barba é saturada... vendo que pelo menos o timbre é medido a dedo.

Paquetá

Uma boa musica para ser colocada em novelas como Kubanacan, ou A lua me disse. Como bem visto, nos outros CDS, Amarante vem com sua veia latina fervendo. A letra que parece falar alguma coisa é só arrumação de frases para rimar.

“Que desfeita, intriga, o óUm capricho essa rixa e malDo imbrólio que qui-pro-cóe disso bem fez-se esse nó”

É uma pena ver que há uma decadência nas letras. Tudo bem falar de amor, mas tão pobre desse jeito???

Os Pássaros

Esta musica é arrastada e lenta, a qual provavelmente começa com algum do ou ré menor para dar idéia de sofrimento e angustia. Possuindo intervenções sonoras de guitarras obscuras, que embala junto com a bateria de Barba que esta reta e contida, e o teclado de Medina o qual traz uma camada estranha em que parece que ouvimos uma nota em toda musica sendo segurada.

O vento

É animadinha a musica, e tem tudo para cair nas graças do grande publico. Um dance, o qual o refrão possui um riff no teclado de Medina que remete ao da banda, No Doubt.

Condicional

Humm... Sentimental, e agora Condicional?
Bem, essa é a musica mais rock do CD, e vemos que há realmente feeling quando interpretada por Amarante. Bem arranjada, em seus tempos e tem tudo para ser a canção da hermanica para a moçada pular.
O destaque é o solinho gostosinho do refrão, e as intervenções do teclado quase infantil de Medina.

Condição ou não... essa é a musica de destaque do nosso ruivo barbudo.

Com tudo, o que posso avaliar é que este é de longe inferior ao Ventura. Podendo ser até um Ventura B-sides. Contudo, o que surpreende nos losermanos, como eles falam em entrevistas, eles se jogam no norte em que vão galgar. Não tendo a preocupação de critica, e publico.
Será uma nova banana que eles dão as pessoas que querem uma mesma formula???
Não sei, mas o que convém frisar é que os meninos barbudos a cada passo caminham por timbragens, melodias e texturas diferentes a cada CD.

Que venha os quatro ou o Quatro.



Escrito por Cuko.

Tuesday, July 26, 2005

Palhaços e padres são feitos do cão


Palhaços e padres são feitos do cão
Chukro

Lambi o travesseiro com algum intuito que se soletrava ao friozinho morno e pálido das nuvens de algodão doce. Saqueando algo depressivo me enrolei ao campo de força iugoslavo... sacudindo andares pelo flagelo sombreado de bombas, de cartas suicidas, de tanques de guerra soltando disparos de consistência: - É um novo dia, coberto dos mesmos sons de bala perdida a matar um parente próximo e a mais uma desculpa para faltar o trabalho. Abri as janelas cheias de remelas e ri das flores sufocantes, temperadas de estágios de humanidade no cio. Hoje amanheci mulher não vou me refletir diante deste espelho cego, inútil, malvado e infantil. Pois distorce o inverso trazendo formatos óbvios e estruturalmente alienáveis depilei o habitual, fiz xixi sem levantar a tampa do vaso sanitário. Pode ser um fato banal, mas em mente girava alucinações. Como o ar místico das abelhas, os zumbidos de alto fervor de orgasmos, os corpos grudados em frações de eternidades jorradas em gritos, berros ao obscuro meio que aceso por um fósforo mortal, que se desfaz a um liquido que nos abre as portas. Cansei de ser um palhaço menstruado, pelo menos para mim. Que se abram as portas... hoje desfilei na ponta dos pés. Todos comentavam... as paredes se ruíam de curiosidade e eu as pintava línguas para falar, mas sabia que elas borravam ouvidos para escutar. Os carrapatos, os piolhos, os dentes, os perfumes, as flores mortas, as unhas encravadas, os desesperos, os medos, as paixões tudo de uma vez só em um gole de vitamina melancólica. Fiz o café da manhã com a esperança de nada, mas havia... Com isso deleitei-me, tomando banho, esculpindo sonhos ébrios com o vizinho. Disfarçando minha voluptuosidade pelas ingênuas e nojentas fobias dele. Me perfumo de vaidades.”Paradoxalmente, era o inverso do contraditório, que não se realizaria ao mesmo para comigo, só pioraria o complexo que seria minha vida”. Penteei o cabelo, pintei as unhas, coloquei batom, não coloquei fio dental, pois minha bunda é flácida e muito branca, mas foi uma grande evolução, pois enfrentei o espelho. Depois da grande batalha beijando a dor... se espera uma flor em algum pedestal incubada de um final feliz? O vizinho morreu de colapso nervoso no chuveiro, pois teve fobia da minha bunda. As paredes cínicas riam em um silencio agonizante. Enquanto eu quebrava minha unhas azunhando-as. Gritei aos sete palmos do céu, da terra, tudo por uma forma de plasmolisar meu âmago. Quase fraquejando, olhei mais uma vez o espelho... vi que estava prendada até a alma. Assim sorri e comecei a ter convulsões de gargalhadas roucas perdidas no ar desconexo. Feliz, chorei e apodreci aos prantos. (Lembrei que meu filho chegara, e gritara um agudo mortífero quebrando todos os vidros que se habitavam em mim, formando cactos de vidros e uma decadência profunda... chupava-os descosturando minha língua, e repetindo para mim mesmo: - Sou homem, e homens não choram).

Preliminares do aborto Amor


Preliminares do aborto Amor
Vinicius Chukro


Não sei desenhar, só sei e mal é desenhar palavras. Palavras sem jeito, tortas por ingratidão,.. diz-solvidas em aço pura laço .., flor sem copo d’água. Solidão.
Cada verso é inezistência, cada ato-insônia. E assim foi se definhando o feto do afeto amor no cotidiano. O texto será uma parábola reta e turva, toda reta infinita num traço mal acabado de finita tristeza, Espero.
Acordado pela madrugada, mediunizo o cimento do verbo. Ser ou Estar? Estar de coisa remota, prolixo, pró ao lixo, sou estado do é – tramando contra o destino – o cardume maior do âmago remeto-me ao ciúme em tango.
E foi como um golpe tão inesperado como o tato a cheirar de colo o estrago. Amar é se estragar, é contaminar-se pelo corromper o olfato dor.
A menina de camisola saiu pela porta, sem medo do destino-escondido, atrás de um Jesus-junkie q sorria por estar atrás de uma fotografia dela ou do mundo periférico ki lhe remetia o primeiro encontro. um beijo. Em um mês. o Sexo. Lágrimas de soluço. Esquizofrenia mediúnica. Um colapso. Resignação. Encontro do óbvio. Em um ano. Si Perdeu. Ou. Se. Desencantou?
Qual será o retrato falado, a fagulha do pentelho entre os dentes. Sexo oral. Cogitaram Anal, mas por precaução escolheram o tempo. No tempo. Do tempo por mais tempo, ! , em qui tempo teremos tempo para o tempo, ? .
Chorar em palavras. Mal-criadas em serem nuas e reticentes aos olhos alheios sem nenh-uma ter uma ter-nura. Confluente, condizente. Mórbida no etecetera.
A menina correu, pediu ao tempo para brincar de esconde-esconde com a saudade, se diz ser imatura. Verde, pra que te quero ver-te? Ela não falava con-tudo assobiava o nada. O que vc tem? Nada. Por favor, me diga? Faço-te sofrer.
Sofrer como morrer. Sofrer comendo o dizer. Ela, a menina, sente falta dela mesma. Quer si descobrir, cobrir o lençol como campo de força contra a escuridão. Um conto? Não conto! Por dois contos? No conto! Espalhada espelhada no ar ela chorava, era a forma de expressar. Te amo! Também. E nós? Estamos bem! Como assim? Tudo é experiência.

Experimental.

Ciência, a ciência de rir, correr, viver, escovar os dentes. Escrever. Mentir-omitir. E ser. Ser de ligação, mais fácil sendo visto como metáfora ou não.
A menina, ela, deu um derradeiro abraço, não para o final da istória dela com o Jesus-junkie, mas um abraço para o Tempo. Eles morreram naquele instante, a mudança veio em cataclismas de ultra-segundos. Sentiram que necessitavam ressuscitar.

“amigos para sempre é o que queremos ser”

Uma porra, dois caralhos,5 putaquepariu, e 7 vai tomar no cú. Disse Jesus-junkie... e assim seja vossa vontade.
O medo é o maior desejo. Letra por letra na cabeça da folha virgem do papel. Quem lerá este suicídio de forma ininterrupta e enchargiada de sombras lingüísticas de in-utilidade. Talvez um prefácio fosse o enfoque dos caminhos a serem percorridos entre a fábula do amor e a hiroshima das palavras.

Cai um céu
E ele continua lá em cima.

A poesia pra vender na feira, pra dar lu(z)a aos olhos de estrelas. E o que ganha com isso ? A menina e o seu Jesus-junkie ?

Imaturos complacentes com o distúrbio da placenta da rotina que suga o sangue, vampiriza, tempestades de dúvidas, Sangue(s)suga os prazeres que se foram em algum dia. Os dois e eu ficamos perdidos no labirinto da semiótica.
· A menina com a tristeza de se buscar alegria.
· Jesus-junkie com suas penitências, cobrando ser a vitima de letargia.
· E eu símbolo narrador de um amor borrado de falsa hipocrisia.

Em resumo em sumo, o que falta é poesia.

Flor ruiva de imensidão jasmim.

Mais uma chuva. Cigarros boiando pelo cinzeiro e um zumzum de pingos no telhado. Ai que noite niilista de desabafos e conversas sobre o porvir. Clara saiu devagar com um copo de uísque derramando pela camisola, ela de propósito fez um sinal de susto safado, daqueles que você se sente desenganado e pronto para saber as regras do jogo. Sentou no sofá e de leve pegou uma birra de cigarro, acendeu e deu uma tragada num suspiro em que cruzava as pernas e cantava Like Virgin da Madona. A calcinha era vermelha. Estávamos esperando o Guinga chegar (seu namorado) para a gente sair pra balada. A balada se resumia a um barzinho de boemia gelada de 2 reais, onde o frio fazia desgarrar conversas ácidas e rodadas de maconha em seqüência, poderia dizer que era o meu diário criativo ocioso. Clara estava já alta e radiante, era provocante como ela exibia suas pernas ala Sheron Stone e saboreava o pecado de ser linda e eu de ser bobo e fingir não comê-la com os olhos.

Clara- Porque vc está tão calado, alguma gata comeu sua língua?
Gonzo- Perdoe meu silêncio é que sua calcinha é linda...
Clara- eu sei, o Guinga adora ... ela é cheia de trancinhas ta vendo? E meio transparente (abre as pernas despudorada), e é lisinha e bem torneada faz com que ressalte meu bumbum . Você acha meu bumbum bonito?
Gonzo- Acho ... Ele impecável, tem alguma receita ?
Clara- é simples...uma boa pica arrebita.

Tenho que dizer que Clara sabia provocar, ela sabia manobrar o meu pensamento sendo sinuosa, ela dominava o jogo. Arriscava-se, brincava de pega-pega se equilibrando no seu charme, e eu não poderia perdê-la de vista, escarafunchava todo o seu melindre e buscava a boa hora de encontrar o seu ponto fraco.

Trimm.trimmm.trimmmmm.

Toca o telefone, Clara delicada se levanta e começa a andar até o quarto, rebolando o trôpego rebolar. Puxa o fio do telefone até a porta, senta no chão num ângulo que queria me espreitar com olhar, não deixando a tensão se apaziguar.

Clara- Alô...
Guinga- oi meu pitel ... é o seu garanhão falando...
Clara- aiiiiiiiii.. Que demora xambinho, sabe ki horas são? Já estou no uísque do vovô há bastante tempo... Cadê você, arrumou a coisa?
Guinga- Arrumei.. mas pintou sujeira no bairro, os zomi estavam de emboscada com o mano Elifas... Quando eu acabei de comprar a massa, foi deus que me alumiou.. Os zomi desceram o cacete lá no pantanal, foi emboscada dá feia... teve tiroteio do bom ... Caiu dois do elifas e um poliça.. to entocado aqui no Inácio na casa do Nariz Fabiano, vou dar um tempo pra abaixar a poeira e daki a pouco chego aí...blza?
Clara- Caramba... mas a coisa ta aí, né? São 100 pilas dá galera..
Guinga- Calma, neném ! E eu tenho pinta de vacilão, tá tudo em cima e é da pura venenosa. Manga-rosa pra rodar a noite toda.
Clara- Então vem logo, o Gonzo ta aqui e ele tá me comendo com os olhos!
Guinga- ah é? Então dá pra ele...
Clara- Como é que é?

Tu-tu-tu. Tu-tu-tu. Tu-tu-tu.

A ligação caiu. Clara fechou a expressão, caminhou de volta para o sofá e acendeu mais um cigarro, e tirou entre os seios uma piteira e de dentro do maço de cigarros uma baga de maconha.

Clara- Você quer ?
Gonzo- Quero sim... O que foi que rolou no telefone? (peguei a piteira com a maconha e acendi.)
Clara- rolou uma cócó lá no pantanal, os zomi baixou geral mas a manga-rosa ta salva!
Gonzo- amém! Foi 100 pilas que comprou não foi?
Clara- Foi! Mas está tudo bem agora .
Gonzo- E o Guinga ta vindo?
Clara- ta , ele vai dar um tempo na casa do Nariz Fabiano... não se preocupe temos tempo ainda pra brincar.
Gonzo- Brincar de que?
Clara- Calma! dá uns tapas aí na coisa, chegue a luz... e você verá...

Segui as ordens. Brequei a coisa, dei 5 tapas seguidos e já estava com os zoinhos coloridos. Clara fumava seu cigarro, estava mais delicada, me observando parecendo arriscar um bote. Seus cabelos ruivos sufocavam pelo destempero do odor delicioso. O sofá parecia seu esplendor, um gatinho tomando conta do seu ninho.

Miauuuuuu.

Desfiz-me em grau saltei sem defesa, Clara estava encharcada de suor, não sei dá onde saiu o calor, mas estávamos em um abafo continuo. O silêncio em êxtase e a putaria pronta para o desabafo intimo.

Gonzo- Que silêncio! Então qual é a brincadeira?
Clara- Eu quero trepar !
Gonzo- ÉÉÉÉÉ... Como é que é?
Clara- quero tre-par... sabe? Eu quando estou bebendo adoro fuder...
Gonzo- Eu quando fumo um também.
Clara- Então vamos...
Gonzo- Agora??? E o Guinga se ele chegar, e encontrar a gente?
Clara- não se preocupe, eu só sigo ordens... agora vamos começar com o seguinte...
Você já assistiu Bent?
Gonzo- o filme que Mick Jagger se fantasia de travesti? E é passado na segunda guerra mundial, e aborda Alemanha nazista?
Clara- Isso mesmo meu iluminado...é sim! Tem dois personagens um judeu e outro judeu-viado. O filme é fantástico, mas o que mais me marcou foi quando eles já estavam loucos de carregar pedregulhos de um lado para o outro, e começaram a buscar uma afeição um no outro no momento mais limite de suas vidas, e eles não poderiam nunca se tocar então eles desenvolvem uma paixão porreta, daquelas de só se viver uma vez na vida. Tem uma cena em especial em que está chovendo, nevando eu não sei... Mas eles estavam lá parados um do lado do outro no toque de recolhimento. Eles só conseguem se ver com o olhar periférico e começam a fazer amor sem se tocar, as duas bichas gozam literalmente pelas palavras. Aí........

Aí... q’uEu não sabia aonde ela queria chegar, ela deu uma pausa e começou a colocar O Bent na jogada? Aquilo mais me parecia um inserção tarantinesca que no máximo estavamos andando para uma noite kitch, sem pedantismos eu querendo almodovariar aquela xota, e ela salientalizar meu intelecto com distorções de um velho almanaque.

Clara- então comece!
Gonzo- só tem um problema! Eu to sem camisinha!
Clara- kkkkk e precisa ter camisinha pra colocar nas palavras?
Gonzo- não entendi ...
Clara- eu quero que a gente faça que nem as duas bichas judias, eu quero que você me faça gozar pelas palavras, entende? Vamos me penetre sem me tocar!

Como? Essa menina só pode ter enlouquecido, ela não pode estar fazendo isso comigo. Ela linda sentada, de camisola de pernas abertas me pedindo pra comê-la com as palavras!? E quais são as palavras que comem uma mulher, quais são os pergaminhos que fecundam nesse universo? Puta que pariu espero não gozar precocemente pelas palavras.


Clara- vamos estou esperando!
Gonzo- feche os olhos...
Clara- já fechei, e agora?
Gonzo- relaxe , estou topando na sua nuca, subindo e descendo meus dedos pelos seus cabelos. Deslizo com a outra mão seus seios que cabem em minha mão, sinto eles enrijecerem e fico bolinando no biquinho dos peitos completamente entregues.
Clara- AHHHH... Eu estou quase dormindo... Quero poesia...

Dormindo? Eu estava com seus peitinhos em minhas mãos. Bolinando no seu biquinho! Ela quer poesia, poesia ligeira... Poesia-minuto, um hai-kai erótico, Drummond para se masturbar, um Leminski seria o tom das preliminares e uma Lispector seria epifanico na hora do gozo... Caralho, mas eu só sei falar palavrão?! Tudo me soava num teatro do absurdo. Deus Ionesco me dê inspiração, para sair frases-beckett !
Minhas referências se passam, destoam-se. Gutierrez é um horrível genérico de Bukowski mal resolvido. Mas o primeiro passo está no malandro romântico safado, aquele que em vez de flores oferece uma pica perfumada. É o maquiar para se entregar. É um dizer de Vinicius de Morais com aquela finura de um Chico Buarque. Estou quase encontrando a pornô-idéia, o gozo do Gonzo.
Gonzo- Então lá vai ...
Foder
Comer
Fome
De saliva
Comer
Boceta
Foder
Sem perder a rima.
A porra está na boca
Porra segura o meu caralho
Que passa de mão em mão
Feito um ás de link para um atalho
o Gozo
e
eu
gozo
sua xota um rio que banhava o ventre
líquido
suor
carne
grito um urro
e venha tocar na estrela
do céu da minha boca
a língua
invadindo tua floresta encantada
atrás do camafeu clitóris
siririca meu bem
e mostra o teu cool pra mim
amor que fika
é trepar em palavras.

.... foi bom pra você?



Clara suspirou, apagou a birra e com um leve gesto tirou a calcinha e jogou na minha cara. Quando a retirei, bem slowmotion, senti o cheirinho imenso agudo de jasmim.
E ao ver de olho nu sua flor, me embasbaquei em uma pergunta: Como pode existir tanta poesia em uma xana ruiva? Poderia fazer um ensaio em titulado, “A flor ruiva”, ou um artigo a “Imensidão Jasmim”. Poderia ser até o nome do poema que narrei para ela. Era tudo escuridão em luzes acesas de silêncio, e um risco de ar era perigo, pois sabíamos que a lacuna parida estava em desespero contido. Qualquer palavra era um tiro, não sabíamos como descarregar o revolver da fala sabíamos apenas que estávamos com um grande arsenal de munição e o olhar era um grito. Tente degustar a cena, Clara estava com a linda, perfeita, milimétrica , a epifanica xota aberta para mim, eu, Gonzo querendo gozo. Ficamos cerca de 1 hora de sensação em 3 minutos, quando ela falou.
Clara- Foi ótimo...estou toda molhadinha.

Levantei-me com a minha bandeira já hasteada e pronta pra cantar o hino com direito a bis. Clara estava com aqueles zoinho do gato de botas, ela sabia que eu tinha vencido e que ela gostou de perder. Eu ia à sua direção, bem calmo, cheirando o jasmim da calcinha vermelha linda. Quando o balão de assopro do nosso mundo papocouououououououououououououoooo.

Pof pof pof pof

Era o Guinga. Ele estava batendo na porta. Em um pensamento só me veio o maldito Bertolucci, com a última cena do seu filme Assédio. Caralho! O Guinga batendo na porta na hora que eu estava tirando a virgindade das palavras de sua namorada. O meu ouviram do Ipiranga naufragou e emudeceu pela águas do esgoto da 13 de julho. Ficamos mais 5 séculos em um segundo nos olhando eu e Clara. Foi aí que ela se levantou e atendeu a porta, e guardei a calcinha no bolso.

Guinga- Que demora dá porra, peguei chuva e o escambau ... e aí neném tava com saudades?
Clara- muita meu xambinho, que bom que você chegou agora...Agora está tudo bem.
Guinga- ô minha fofa se prepara que hoje a gente vai dormir com a lua e mijar cerveja no sol. E aí Gonzo minha mulher deu trabalho? Vocês foderam direitinho?


Odeio silêncio. Mas ficamos ali eu e Clara se olhando e Guinga mesmo displicente sentiu o estranhamento e a demora da resposta. Tive que ser sincero.

Gonzo- fodemos!
Guinga- foderam??? Foi com camisinha?
Gonzo- eu não tinha e também não precisava.
Guinga- e Clara gozou?
Gonzo- pergunte a ela!
Guinga- e ai meu anjo quantas vezes?
Clara- uma só , que me doeu a alma.
Guinga- você comeu o cú dela foi meu chapa?
Gonzo- sim comi sim o cool dela...
Guinga- ela sabe chupar pra porra...
Gonzo- não só com a boca, ela chupa pelos ouvidos também...

Enquanto falávamos Guinga percebeu que eu não tirava os olhos de Clara e nem ela dos meus. Ele se sentia um hiato dando prosseguimento à hipérbole da conversa na metonímia dos fatos. No momento em que se rendeu e se irritou. A piada tinha sido consumada. Ele era um corno entre as palavras.

Guinga- que caralho é esse ? você foderam mesmo foi...
Gonzo e Clara- Fodemos!
Guinga- como é que é?
Gonzo –fodemos ...
Clara – pelas palavras.


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Guinga deu uma gaitada histriônica, a qual soluçou em nossos ouvidos. E a piada era séria, ele era um corno risonho. Ele ria dizendo que estávamos muito loucos, de maconha e uísque. E por um segundo rimos também, porém eu e Clara estávamos lúcidos por dentro e sabíamos que a psicosfera estava ao nosso lado. O que começamos foi só as preliminares.

A noite da balada foi de risadas tristes como sempre para todos. Aquela velha caixa de cerveja pra secar e vários charos para fumar. Só foi intensa pra mim e pra Clara que ficamos fazendo sexo com o olhar até o dia raiar.

Quando voltei pra casa, tinha o maior prêmio da minha vida. Tinha o jasmim da xota da Clara como poesia.

Senhor Jorge e a rima

Senhor Jorge e a rima

Pá, pés enchados, chapeú de palha
e uma gota de suor salgado
enamorado eu serei, correndo passo a passo com minhas fraldas
nas costas
a terra treme, um aviso está para o descuido do destino.
como uma doce nota roxa está para mudar o chiado taciturno
amarelado.
amarelo; tudo está de acordo com o sorriso de Senhor Jorge
e olha que a noticia se espalhou pela cidade
e a tal angustia fina, tão recíproca a chuva
era carente para se perceber a inexistência
um homem gordo, barbudo, engravatado sorriu os pano bran
co de Severina
Severina, moça de senhor jorge, ficou abestalhada
que os pano branco não ficavam só no pescoço, mas
também se desenvolvia para todo o corpo, como o sangue.
e que o sangue pisado dos seus olhos era só piedade para
o homem.
e ficou estupefata, pois o homem era feliz, pois não tinha
vergonha dos seus pano branco nos dentes e mostrava com
alegria.
“não sou cigano -disse o homem feliz - mas truçi um
milagre da capital criou-se uma escova para pentear os dentes “.
Senhor Jorge se alevantou da poltrona de barro, que seu
pai fez com todo orgulho, pois esta foi a única que não se des
fez com os cuspes da chuva , e além do mais servia de pri
vada , pois o avô de Senhor Jorge já para sua morte, não
conseguia se mover, então defecava e mijava ali mesmo, ne
Sse tempo essa invenção de seu pai fez tanto sucesso que
todo o povoado adquiriu.
mesmo as familias que não
tinham anciãos em casa, possuiam as poltronas por comodide
"que fedor - xiou o homem feliz- será que eu pisei em uma bosta?"
não, homem feliz - replicou Senhor Jorge - fui eu que caguei na
poltrona.
Senhor Jorge pegou terra do chão da casa e aterrou suas fezes.
o homem feliz não acreditou naquilo e ficou deslumbrado com o que viu:
- meu deus, salve o rei dadá, então é verdade da poltrona
da eternidade?!
esse nome foi dado pelas pessoas antigas do povoado
cujas diziam que o avô de Senhor Jorge sempre viveu
numa poltrona e dali não saia pra nada, ficava só a
resmungar com o olhar para as pessoas que o observava .
dizem as lendas, que de noite o avô de Senhor Jorge su
bia no telhado da casa das pessoas que caçoavam dele e
mijava; como ele demorava pra mijar, mijava de 3 em
3 semanas, a acidez do mijo era tamanha que des
truia toda a casa;
- sim , é verdade - returquiu Severina - e não vamos
dar novas voltas, nós não queremos pentear nossos dentes,
não! agora, pode se retirar!
- desculpe, eu falei algo errrado, Senhor Jorge?!
- não, homem feliz , é que esse povoado nos respeita
e nos condena, por isso minha moça soltou carrapichos
em ocê.
- ah!, desculpe, eu não sabia , são tantas estórias que me
contam , mas não pense que eu acredito em tudo que me
dizem não, Senhor Jorge! entra por um ouvido e sai
pelo outro.
- eu sei, homem feliz, mas agora tenho que vol
tar pra dentro de casa.
-não, espere! tome a escova para pentear seus dentes e essa
pasta branca que vai deixar os seus dentes iguais aos meus.
- mas pra que eu quereria deixar os meus dentes com
pano branco?
passsssseaanntessssapasstttapradepoispenttearrrosss
Ssseuuussssdennnnnttttesssss......
se foi assim, as palavras reagindo uma por uma
o sopro seco do som castigava não só os ouvidos como os olhos
que padeciam diante da roxa escuridão que amanhecia
cadê a coragem de uma única cor?
é a curiosidade que se atropela a vida
os pano branco nos dentes eram belos, o amarelo começava
a se encher, encher, encher e nunca papocava
à noite , sentado na rede se via o zimmmmm....
Senhor Jorge, então escondido de sua moça dormindo
passou a pasta na sua boca...
a boca estremeceu de gosto docinho, sua alma partiu
para os lábios de Severina que roncava ...
beijo para sentir teu odor, tua febre
tua lasciva quebra de corpo, para me enrolar,
para me grudar, para me ser uma lapso de morte aos ceús sobreposto
Severina depertou e morreu, pois na hora
o seu sexo desiquilibrou-se.
e o que fazer com a pasta na boca, Severina no chão
E o desejo nos dedos?
Pegou a escova e penteou os dentes...
E o amarelo ia se corroendo, e um grande azul do
mar sacudiu o seu coração.
- meu deus vai chover! -cochichou no ouvido de Severina -
E a lembrança do mar não saia da cabeça, pegou uma
concha do mar de sua bisavô,
e colocou no seu ouvido
e o zumbido calmo xiava seu sexo, e vontade de
mijar surgiu com a lembrança de sua bisavô que
ficava catando mata-fome com a concha no ou
vido cuja ganhou de um cigano que dizia que com
este instrumento fazia perceber se o mar estava perto ou longe.
Senhor Jorge, acariciando seus dentes sentiu o vermelho
descer o seu corpo ao som do mar azul que já
batia na porta:
- Meu deus está chovendo, cochicou pra deus, e os
meus dentes estão caindo um a um.
o povoado ia aos poucos se desmanchando, a chuva
Criou-lá um enlamaçal que as pessoas iam se desfa
zendo junto com suas casas.
com seus 10 dentes na mão, Senhor Jorge guardou -os den
tro da concha e esperou sentado na poltrona a chu
va acabar.
nunca se esquecera do mar, mesmo sem o vê-lo.
mas sabia que ele estava perto, estava em cima dele .
"quando a terra se abriu de novo,
surgiu a poltrona da eternidade
em perfeito estado, do modo que foi
concebida, agora com um concha e
10 dentes dentro que ao balança-la fazia um
barulho ardente, mas lilás que satis
fazia um xicano que tinha um ca
vaco na mão
e assim Senhor Jorge chegou a evolução.

LOS CIGANOS MULTI - NACIONÁZ


Los Ciganos multi - nacionáz

Un bom dia para viagem, dois dias e Gomez para escutar. Gomez de gomar si, mucho gusto. Declaro então en terceira persona una única vitima do acaso... eu e meu amor. Tão meu, que já posso perdoar meu ego e dizer Qui-é nosso.

Tudo começou há muito tempo atrás na ilha do sol, onde ciganos si reduziam ao pó das árvores encontradas en Heruzalen. Dáir en diante tudo fora quimera, e muitos habitantes si encantavam com o fabuloso distino dos moradores ciganos en abortaren seus destinos em capsulas de Alá - Alá Qui por muito tempo foi o chefe espiritual dos Tanders cats, he-man , tartarudas ninjas e etc., traduziu toda sua obra en um grande todo gesto, EU SOU JUDEU. Daí então os ingleses espertos que se fingiam turistas traduziram o intraduzivel no que eles enchergavam- CAPITAL + ( JUDAS) ISMO = A dinheiro revestido para meu desenvolvimento, onde o “judas”, são os negros x-men que invadiram a terra e querem espalhar o mal pelo mundo.

Continuando.... a falar sobre a ilha do sol, por muito e muito tempo ela foi considerada o paraíso , pois era farta de substancias intoxicas ao bem estar humano, eles pareciam como é que si dizem.?.!. nômades. A natureza era subzistência en forma bruta e composta, tudo natureba en la paz del Senhor (Eram tartarugas de asas) . Meio como os sem-terra tendo terra, criou-se en torno dos ciganos uma aura de vidro irrachável, que se rachou no dia 11 de setembro com o começo da 3° guerra mundial com o atentado que matou Jonh Kennedy e atingiu diretamente Elvis Presley e a princesa Diana , sem contar en Jonh Lennon... “Qui jah esteja com him ” ... eitá!!! ia esquecendo... “du pobre dus mais pobres”, Senhor W. Bush, Qui no mesmo dia comeu uma feijoada paraguaia di Ozama-fuleiro, i vomitou o negro de seu país. Sim, o mesmo “negro”, que os ingleses denominaram de música clássica - o Jazz.

Com a terceira guerra mundial, Heruzalen si tornou un caos fazendo Qui o mar virassse sertão e o sertão virasse mar. Fazendo Qui os planos dos ciganos mudassem, interagindo assim por um novo tipo de ótica un tanto meio Qui uma semi-ótica fazendo recordar o circo dos horrores de seus ancestrais. Montaram então en uma pequena cidade no fim do mundo chamada Aracahur , o espetáculo “O Culo del Mundo”, onde chamaram todos os medingos da cidade ,os quais estavam sen pernas, braço, olho, bagos, cabelo, peruca, dente, cabeça engiada, homen omele, suvaco de duende, pinto seboso, palhaço chorão, elefante –girafa , cabra-garfo , o cú sem dono, mulher da latrina Qui cagava e comia sua própria bosta... e assim por diante, enfin um verdadeiro show de horrores, como a Aracahur era a cidade da moda, demorou un tempo, o estranhamento, depois virou una sensação nacional.

Por muitas e muitas décadas, en-tão o espetáculo ficou en cartaz rodando o mundo todo. Até Qui un certo dia o doutor - cientifico, O boB da Siqueira, resolveu montar un novo espetáculo, só Qui estava sem idéias e viajou até a Serra da miaBa e ficou un tempo pesquizando lá. Olhando para uma fruta podre desculbriu uma certa ardência di ingenuidade e resolveu experimenta-lá e gostou; estranhou seu gosto e resolveu contar pra sua namorada Yasmin, só que ele não tinha como contar pra ela naquele instante e começou a si apavorar... e se a fruta estiver envenenada,? e se eu morrer a qualquer instante,? e se um prédio aparecer aqui e disser para mãe natureza:- HASTA la vista, baby ?! e lhe der um cheiro, meu deus o Qui passou en um segundo en sua mente?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!!!!!!!????!!!?!?!?!???!!!!!!!!!!!??!?!?!?!?!?!?!!!!!!!!!?!?!?!??!?!!!!!!!!?!??!?!?!?!?!!?????!!



Ele resolveu correr. Descansou, cochilou acordado, pensou... comeu legumes estragados ... deu uma volta tomou tic-tac sabor laranja... foi para sua máquina de escrecver portátil. Acordou Yasmin e disse: - meu amor virei burguês mas mesmo assim, telefonarei de Vesper.

Monday, July 25, 2005

Musica do silêncio


Musica do silêncio

Quase por insensatez
Um descuido desejado
Empedrou a mama
Aliviou sua liberdade
E se DESPedIU
Sem pagar o café
Cuidou das contas no banco
E quitou o kitnet
Estava em paz
Sobrevivia de pílulas
De manhãzinha saboreava
O hálito da música fria
Roncada pelos motores dos carros
(A saírem para o trabalho)
E o pensamento saia tostado
Pela torradeira do desânimo
Mais um dia para morrer.

Texto Shiva


Faz meio mês, ou mais... Não tenho razão, utilizo o eu como objeto, eh apenas um assunto. E o ponto. Continuando, estou esquivado e com uma leve modéstia de ser ousado, e presunçoso com as palavras. Ontem choveu, e o cigarro me consumia sem respostas e sem perguntas, tinha um frenesi ... possuir os teus olhos no altar dos meus. Nada demais, apenas um atributo faceiro, um estado deprimente... as drogas contornam os hábitos e o acaso é o próximo passo do pé . Sim, sem destinos, nem preocupação... a juventude transviada é moda... e eu me sinto velho aos meus 21 anos.
Minha barriga já esta desenvolvendo seios quando sento, e o meu mal-estar é a boemia estéril que se compõe em acordes soturnos diários. A digestão dos assuntos sempre revela algo que recai ao buraco negro do ócio, e o primeiro passo é a armadilha da noia, as drogas não ocupam mais o vazio. Estou condenado ao ópio.

O vazio deixou de ser a sugestão.

Alguma sugestão?

O tédio patrocinado do humor sedento, um trampolim para o sexo. Ou não apenas certas reticências ... o sexo e o tédio. Quando você gozou, eu guardei seu silencio. E você fez da camisinha uma bola de assopro e subiu em cima, brincávamos então de macho e fêmea. Sem perpetuar a espécie, regamos as plantas e fizemos varias peruanas nos animais da casa. Estávamos felizes, e eu era surdo e vc muda... e eu cego e vc nua.

John Coltrane

My favorite things tocava e eu desenhava o seu dançar do ventre, meus trejeitos eram cínicos e você dançava ... por um momento pedi que você ficasse mais um tempo, e você me mandou embora. E essa era minha coisa favorita em você.

Shiva

Mais um isqueiro perdido, contudo eu sei que o tédio esta guardado na gaveta direita da estante, o cigarro na boca, o cafeh jah gelado, e um espirro contido... coloco a mão na calça para ver se encontro algum trocado, e my favorite things toca em minha cabeça de bebop, “ Shiva veio me ver” : - Encontro o tom perfeito da noite, uma shiva inteira soh pra mim em meu bolso.

Di boa.

! . Acordei de chico ! .


Quase um buraco de testemunho, fácil e um destino inconseqüente. Tua masturbação frenética e teu desempenho na cama me fazem atingir o ócio. Os sonhos de vida comum e social, elástica de subserviências aos pecados e as loucuras de um obvio aborto de dor.
uma novidade velha, nunca vi uma musica brega desabafar tanto o ímpeto da decadência e de um humor servil de atingir um sentimento humano, faca me um favor... raspe o cu e sacie as coxinhas que estão requentadas no forno.
adoro ver minha cidade nublada, mesmo quente, evidencia seu estado mórbido, sonâmbulo, morto de costumes de alegrar a paz de um umbigo se quer.
do que eh o falar? Do que eh feito? Era o jeito, o vomito aceso e a morte do ultimo romântico. Acenderei mais um cigarro, a coca-cola esta no fim... e um mar de catarro esta no nariz. Feliz. fim, se chega o novo previsível.
Viva ao jazz. Nestes tempos eh disso que necessito .

E só. Amem. Abença.

Dois pedidos de meia tigela


Dois pedidos de meia tigela, o açaí esta na mesa e seus pés em minha cabeça. Estou romântico de uma forma a me convencer que o que sobra dessa vida, se mede em minha razão. Fotos rabiscadas de ópios deslavados em mãos fechadas. Um risco intimo, um clarão fechado dentro de uma mata rosa... eu juro! você eh ki esta complicando! Eu sou apenas, um burguês de frases chochas.
Ela surgiu com o destempero de um milagre, salivava entre suas pernas um suor atroz e provocante, ela sabia como descascar a banana, poucas sabiam... e adivinhe do que eu mais me alimentava na infancia? Sim, Banana Co.
Olhamos-nos em um estado óbvio, castigávamos nosso olhar em diferentes conotações, caricias e medidas exatas de conquista onde fabricávamos o perceber e a cada fotograma batido, o desespero parecia ejacular a sentença... queríamos nos comer em verborragias silenciosas.

Eu perguntei o nome dela e ela apenas continuou.

Eu- o que vc pretende?

Ela- te dissolver na colher.

Eu- Qual eh o tempero?

Ela- o preço eh vc me conquistar.

Quase a grosso modo, ela segurou meu pau. Ateh então o bichano estava sossegado, despercebido do momento e da questão. Eu sorri despreparado... sabendo que o rumo era o desafio, um modesto acasalar de idéias fritas, um bom sorrir e o eternizar.
Não quero possuir minha escrita de sexo, democracia e pride. Contudo, eh o que há. Já eh ! Tento reduzir meus obstáculos que circulam em uma penitencia rasteira de realismo mágico. Quando estávamos sozinhos... eu e ela, no local onde a redenção estava nos peixinhos boiando podres e lindos no rio da 13 de julho, surge uma mulher grávida-perneta que leva uma queda perto do semáforo , com o peso do corpo a perneta quebra a perna e bate com a barriga no chão.

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Eu ri. Não tenho culpa se da vontade de rir de anão quando não consegue puxar o fio do ônibus para parar, eu dou gaiteada. Então imagine uma mulher grávida perneta que cai? Desculpe-me, sou fuleiro.
Ela ficou espantada com meu sorriso, disse que eu tinha o sorriso da Mônica.

Eu- Sorriso da Mônica?

Ela- Sim, do quadrinho! Você tem o sorriso igualzinho!!!

Eu- Não sabia disso!? Você quer trepar?

Ela- Eh assim que você me conquista?

Eu- Eu jah te derreti na colher.

solusso


solusso

quase que monossilabo, em um avestruz de sensatez, ele vibrou por ter chegado ao pinaculo. respirou bem forte, e sussurrou seu nome ... TOM.Tom espere, um raciocinio leve... sacrifique seus pensamentos... nao queira morrer.Policia, sua mae, seu carro, internato... eu nao estou louco! Sim, eu estou. Tom espere, eu aguardo... Minha mulher me traiu... pre-ci-so-mata-la.disturbios vinham ao seu corpo, ele se tornava o eu concomitantemente, com o soluco.o EU , o tema era a morte... o seu recurso, o soluco.