e a rimaPá, pés enchados, chapeú de palha
e uma gota de suor salgado
enamorado eu serei, correndo passo a passo com minhas fraldas
nas costas
a terra treme, um aviso está para o descuido do destino.
como uma doce nota roxa está para mudar o chiado taciturno
amarelado.
amarelo; tudo está de acordo com o sorriso de Senhor Jorge
e olha que a noticia se espalhou pela cidade
e a tal angustia fina, tão recíproca a chuva
era carente para se perceber a inexistência
um homem gordo, barbudo, engravatado sorriu os pano bran
co de Severina
Severina, moça de senhor jorge, ficou abestalhada
que os pano branco não ficavam só no pescoço, mas
também se desenvolvia para todo o corpo, como o sangue.
e que o sangue pisado dos seus olhos era só piedade para
o homem.
e ficou estupefata, pois o homem era feliz, pois não tinha
vergonha dos seus pano branco nos dentes e mostrava com
alegria.
“não sou cigano -disse o homem feliz - mas truçi um
milagre da capital criou-se uma escova para pentear os dentes “.
Senhor Jorge se alevantou da poltrona de barro, que seu
pai fez com todo orgulho, pois esta foi a única que não se des
fez com os cuspes da chuva , e além do mais servia de pri
vada , pois o avô de Senhor Jorge já para sua morte, não
conseguia se mover, então defecava e mijava ali mesmo, ne
Sse tempo essa invenção de seu pai fez tanto sucesso que
todo o povoado adquiriu.
mesmo as familias que não
tinham anciãos em casa, possuiam as poltronas por comodide
"que fedor - xiou o homem feliz- será que eu pisei em uma bosta?"
não, homem feliz - replicou Senhor Jorge - fui eu que caguei na
poltrona.
Senhor Jorge pegou terra do chão da casa e aterrou suas fezes.
o homem feliz não acreditou naquilo e ficou deslumbrado com o que viu:
- meu deus, salve o rei dadá, então é verdade da poltrona
da eternidade?!
esse nome foi dado pelas pessoas antigas do povoado
cujas diziam que o avô de Senhor Jorge sempre viveu
numa poltrona e dali não saia pra nada, ficava só a
resmungar com o olhar para as pessoas que o observava .
dizem as lendas, que de noite o avô de Senhor Jorge su
bia no telhado da casa das pessoas que caçoavam dele e
mijava; como ele demorava pra mijar, mijava de 3 em
3 semanas, a acidez do mijo era tamanha que des
truia toda a casa;
- sim , é verdade - returquiu Severina - e não vamos
dar novas voltas, nós não queremos pentear nossos dentes,
não! agora, pode se retirar!
- desculpe, eu falei algo errrado, Senhor Jorge?!
- não, homem feliz , é que esse povoado nos respeita
e nos condena, por isso minha moça soltou carrapichos
em ocê.
- ah!, desculpe, eu não sabia , são tantas estórias que me
contam , mas não pense que eu acredito em tudo que me
dizem não, Senhor Jorge! entra por um ouvido e sai
pelo outro.
- eu sei, homem feliz, mas agora tenho que vol
tar pra dentro de casa.
-não, espere! tome a escova para pentear seus dentes e essa
pasta branca que vai deixar os seus dentes iguais aos meus.
- mas pra que eu quereria deixar os meus dentes com
pano branco?
passsssseaanntessssapasstttapradepoispenttearrrosss
Ssseuuussssdennnnnttttesssss......
se foi assim, as palavras reagindo uma por uma
o sopro seco do som castigava não só os ouvidos como os olhos
que padeciam diante da roxa escuridão que amanhecia
cadê a coragem de uma única cor?
é a curiosidade que se atropela a vida
os pano branco nos dentes eram belos, o amarelo começava
a se encher, encher, encher e nunca papocava
à noite , sentado na rede se via o zimmmmm....
Senhor Jorge, então escondido de sua moça dormindo
passou a pasta na sua boca...
a boca estremeceu de gosto docinho, sua alma partiu
para os lábios de Severina que roncava ...
beijo para sentir teu odor, tua febre
tua lasciva quebra de corpo, para me enrolar,
para me grudar, para me ser uma lapso de morte aos ceús sobreposto
Severina depertou e morreu, pois na hora
o seu sexo desiquilibrou-se.
e o que fazer com a pasta na boca, Severina no chão
E o desejo nos dedos?
Pegou a escova e penteou os dentes...
E o amarelo ia se corroendo, e um grande azul do
mar sacudiu o seu coração.
- meu deus vai chover! -cochichou no ouvido de Severina -
E a lembrança do mar não saia da cabeça, pegou uma
concha do mar de sua bisavô,
e colocou no seu ouvido
e o zumbido calmo xiava seu sexo, e vontade de
mijar surgiu com a lembrança de sua bisavô que
ficava catando mata-fome com a concha no ou
vido cuja ganhou de um cigano que dizia que com
este instrumento fazia perceber se o mar estava perto ou longe.
Senhor Jorge, acariciando seus dentes sentiu o vermelho
descer o seu corpo ao som do mar azul que já
batia na porta:
- Meu deus está chovendo, cochicou pra deus, e os
meus dentes estão caindo um a um.
o povoado ia aos poucos se desmanchando, a chuva
Criou-lá um enlamaçal que as pessoas iam se desfa
zendo junto com suas casas.
com seus 10 dentes na mão, Senhor Jorge guardou -os den
tro da concha e esperou sentado na poltrona a chu
va acabar.
nunca se esquecera do mar, mesmo sem o vê-lo.
mas sabia que ele estava perto, estava em cima dele .
"quando a terra se abriu de novo,
surgiu a poltrona da eternidade
em perfeito estado, do modo que foi
concebida, agora com um concha e
10 dentes dentro que ao balança-la fazia um
barulho ardente, mas lilás que satis
fazia um xicano que tinha um ca
vaco na mão
e assim Senhor Jorge chegou a evolução.
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